domingo, 28 de junho de 2009

O poder que desconhece em ti

Não sabes o poder de teu sorriso
Não tens idéia do efeito que tens sobre mim
Não falo dos teus constantes sorrisos irônicos
Dos teus reprovativos sorrisos de deboche
Não falo também dos teus sorrisos maliciosos
Quando percebes o vacilo dos demais
Nem dos seus sorrisos que encobrem a sua ira
Não falo do seu sorriso vaidoso quando acerta
Falo daquele que poucas vezes compartilha
Aquele que vem da alma espontâneo
O sorriso que resgata o menino há tempos esquecido
Aquele que brota de teu rosto de homem
Que traz mais força que seu olhar de guerra
Aquele sorriso que não tens medida
Nem controle, e surge apenas pelo coração
Que não vem quando calculas
Não sabes o poder que este sorriso tem
Talvez seja sua aguçada sagacidade que o intimida
Mas este seu sorriso me aviva
Não sei por que, nem vou procurar entender
Pode ser que eu ache a resposta, é melhor que nem saiba
Só sei que se cultivasses esse sorriso ganharias o mundo
Mas não tens idéia do poder de teu sorriso
E do que ele desperta em mim e nos demais
Muito menos que eu os coleciono
Não sabes o poder de teu sorriso.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

À procura de sorrisos

Em meio a olhares perdidos
De músculos cansados
De corpos séquitos por descanso
Depois de uma larga jornada de trabalho
Com olhares distantes contidos
Transportados sozinhos e aglomerados
Um olhar risonho se destacava
Uma menina no colo de sua mãe
Desafiava os olhares sérios à sua volta
Como numa brincadeira
Ela se munia de um sorriso
E o lançava a pessoa que a olhava
E só se contentava quando vencia
A rigidez do olhar e lhes sorriam
E quando conseguia, no colo se escondia
Alí percebia o poder de um sorriso
E logo voltava a olhar outro vizinho sisudo
Com um sorriso que parecia uma prece
Para quebrar a tristeza que a circunscrevia
Que logo amolecia o olhar de quem a via
E todos lhe retribuíram o sorriso
Foi então que a sua mãe se deu conta
Da brincadeira que filha fazia
E com um sorriso e um beijo a retribuiu
A menina naquele dia percebia
Como um sorriso trazia de volta
Os sorrisos perdidos dos demais.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Dias...

Dias nublados fazem parte da vida
E sempre me ponho a escrever sobre eles
Os de sol, tão ansiados
Prefiro apenas vivê-los

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mais outra data

Se aproxima outra data tida especial
Mais uma data comercial
Como todas as outras
Só me sevem para ressaltar
O que não tenho e o que me falta
E essa vai ser mais difícil
Pois tudo está perfeito
Lua Cheia
Tempo frio...
Só não condiz
Com essa ausência.
Outra data...
Todo ano
Quando será que vai mudar?
Mais outra data...
Prefiro cada vez mais
As datas cívicas
Inventadas ou não
Pelo menos são coletivas.
Oh fardo!
Mais outra data.
Ao menos muitos ficam felizes.