domingo, 19 de julho de 2015

Finitudes e eternidades

Olho o céu e as estrelas
Estáticas e cintilantes
E nós aqui nos movendo sem fim.
Dias, noites, ciclos
Vida, evolução e morte
E quando será o fim?
São uns trilhões de inícios
Mais outros trilhões de fins.
E a imensidão negra inigmática
Se exibe eterna, estática.
E eu aquí na certeza que perece
Faço do céu, mais que respostas
Contemplo ele poesia.
Olho ao lado e imagino
Um outro olhar o céu
Em outra parte elíptica.
Quem sabe um outro coração
Ciente desse finitide
Ouse sonhar o eterno junto.
Mas o movimento
Pai do tempo
Nos tira outra vez
Toda esperança.
E vem outro dia
E o sol nos diz sem poesia
Que a fome vem,
As ambições vem,
Os desejos vem,
Os impedimentos vem,
As dificuldades vem,
E nos exaurem mais uma vez.
Para onde eles vão?
Pareço escutar a curiosidade
Do infinito estático a nos observar.
Afinal para onde vamos?
Pra onde vou?
E vem vindo outro dia
Novos ciclos, novos fins
outras eternidades.