quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Decomposição

patético
patéti
paté
pa
co
coti
cotité
cotitépa

sábado, 7 de novembro de 2015

Puerilidade da liberdade

Ser livre para se estar só
Ser livre para com outro estar
O apego de não dar satisfação
A falta de alguém se interessar
Dilemas da estima da liberdade.

Qual o conceito de ser livre?
Seria ela apenas um sentido?
Liberdade é tão relativa quanto o tempo
Então por vezes é apenas um sentimento.

Há quem seja livre estando preso
E preso sem haver amarra alguma.
Há que se dizer: são liberdades e liberdades
Qual delas precisamos para se viver?
Na liberdade há escolhas
E nas escolhas liberdades negadas.

Pensar ser livre
Ignorar ser ela pueril
É o que faz sentido agora
Mas ainda há um vazio.

Qual liberdade que me nego,
Me faz falta?

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Suspiros

Não é real...

(suspiro)
Não conheço...
(suspiro)
Tenho que esquecer...
(suspiro)
O coração insiste...
(suspiro)
O pensamento martela...
(suspiro)
A realidade se encarrega das ilusões...
(suspiro)
Mas é tão bom...
Suspiros, suspiros
Quem dera fossem de satisfação
e não de lamento.


sábado, 1 de agosto de 2015

Maturidade

É transferir as esperanças do futuro para o presente.
A possibilidade de se libertar está sempre nele até o fim.

domingo, 19 de julho de 2015

Finitudes e eternidades

Olho o céu e as estrelas
Estáticas e cintilantes
E nós aqui nos movendo sem fim.
Dias, noites, ciclos
Vida, evolução e morte
E quando será o fim?
São uns trilhões de inícios
Mais outros trilhões de fins.
E a imensidão negra inigmática
Se exibe eterna, estática.
E eu aquí na certeza que perece
Faço do céu, mais que respostas
Contemplo ele poesia.
Olho ao lado e imagino
Um outro olhar o céu
Em outra parte elíptica.
Quem sabe um outro coração
Ciente desse finitide
Ouse sonhar o eterno junto.
Mas o movimento
Pai do tempo
Nos tira outra vez
Toda esperança.
E vem outro dia
E o sol nos diz sem poesia
Que a fome vem,
As ambições vem,
Os desejos vem,
Os impedimentos vem,
As dificuldades vem,
E nos exaurem mais uma vez.
Para onde eles vão?
Pareço escutar a curiosidade
Do infinito estático a nos observar.
Afinal para onde vamos?
Pra onde vou?
E vem vindo outro dia
Novos ciclos, novos fins
outras eternidades.

domingo, 7 de junho de 2015

Apego a palavras

Quem és tu nada mais que palavras?
Elas que formam um espectro
Uma existência que transcende
E que a mim cabe apenas supor.

Mas as palavras partem de ti
E chegam como evidência
De algo que existe além de mim
Todavia revela-se uma única via.

Vem a mim uma ilusão de empatia
Criam em mim uma identificação
Pra se desvanecer naquilo que é
Distância de mente e coração.

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Pintura

A vida é uma arte.
Quando você pensa
E o entendimento vem,
Muda o estilo, o artista,
Muda o gênero.
Tudo muda.
Mas ainda assim
Ainda tentam enquadrar.
Realidade, cada vez mais pintura.
Vida, cada vez mais finda.
E o que será que há embaixo das tintas?
Não é uma tela em branco.
É sangue, suor, lágrimas e química.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Promessa anos 10

Eu prometo,
Mais vida real
Menos virtual.
Mais vida,
Eu prometi.
É uma ausência,
Sei que sentirei.
Mas cumprirei.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Ilusões

Boas ilusões:
Seduzem
Confortam
Consolam.
Más ilusões:
Cegam
Confundem
Consomem.
Há como administrá-las?
Apenas aprendi observá-las.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Não é?

O que será é o que é. O presente é o único tempo que realmente temos.

Citação de Gabo

"… mas se deixou levar por sua convicção de que os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as mães os dão à luz, e sim que a vida os obriga outra vez e muitas vezes a se parirem a si mesmos". 

 Gabriel Garcia Marquez, em O amor nos tempos do cólera.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Constatação

Vejo hoje tudo com outros olhos.
Sinto hoje sensações diferentes.
Planejo sem o peso da seriedade.
Aceito melhor meus sentimentos,
E dispo aqueles que me confundem.
O que desejo não machuca,
Mas é um incentivo de vida.
Vivo mas leve.
Rio mais de mim.
Velhos fantasmas ainda me assombram.
Mas tenho uma nova forma de peitá-los.
Sei não, acho que renasci.
Espero que sempre o faça.
Digo hoje, e posso: Sou feliz! 

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Indagações

O que me trazes vida?
Uma topada,
Uma encruzilhada,
Um soluço.
O que me aguarda vida?
Um resfriado,
Um esporro,
Uma decepção.
Mas vida...
E o brilho no olhar?
O sorriso na boca e na mente?
Quando vida você me trará?
Será que basta esperar?

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Sou eu que faço

A renda,
A rendeira que faz.
A costura das roupas,
A costureira que faz.
As escolhas,
Cada um que faz.
Eu,
Sou eu que faço.
E só pode ser desta maneira,
Senão eu me desfaço.