domingo, 26 de julho de 2009

Viajar

Quero viajar
Por onde não pode me levar
Quero viajar
Descobrir sua ternura
Quero viajar
Passear além de teus dedos
Quero viajar
Desafiar seu raciocínio
Quero viajar
Contrariar seus desígnios
Quero viajar
Mergulhar no seu olhar
Quero viajar
Mas tenho que migrar
Devo
Me obriga
Mesmo oferecendo abrigo

Repetitiva

Previsível
Repetitiva
Tédio
Cíclica
Quando romperei o ciclo?

Se tenho interesse

Interesse
Se tenho interesse?
O guardo no fundo da gaveta
O que me move?
Paixão, com certeza
Desanimada é certa
Mas paixão
É relíquia perdida no porão
Escondida pela razão
Algumas ficam a porta
Esperando a vez
Mas interesse
É substantivo atribuído
Unicamente por você
Interesse?
Vê se pode...
A única questão a ser feita?
Guardem os seus cobres
Pois terão tudo
Menos coração
O meu.

Reserva

Diante da tragédia das emoções
Parada estática gélida
Fito
Analiso o queijo e a ratoeira
Servidos diante de deserto
Eu rata de esgoto de cidade devastada
Vejo o desejo e o tormento
Me estendendo a mão
O juízo possessivo me abraça
A experiência se assoberba
Me prende pelos braços
E me preservo
Doloridamente fitando o queijo
Me preservo
No infinito deserto
Seco
Úmido
Dos olhos
Sem gosto do queijo
Por causa da sombra
Do veneno
Ignorando a certeza do deserto
Me preservo?
Sigo
Sem bússula e mapa
Presa a promessa de um oasis.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Até que ponto?

Busco um rumo certo
Busco um caminho onde eu me descubra
Um lugar que eu possa realmente ser esta descoberta
Mesmo que o achado seja o sempre existente não percebido
Busco uma medida entre sonho e realidade
Uma medida entre justiça e perdão
Uma medida entre paz e a guerra
Uma medida entre a liberdade e a prudência
Uma dose certa de auto-estima e humildade
A medida entre a companhia e solidão
O ponto certo entre todas estas coisas que me faça feliz
Ao menos plena, realizada ou segura
Mas toda medida requer experimentos
E até que ponto devemos mergulhar
À procura do que nos realiza?
Até que ponto devemos nos entregar a raiva,
Se podemos nos perder nos seus devaneios?
Até que ponto devemos compreender os demais,
Se não ponderam nem avaliam os jungamentos que tem de nós?
Até que ponto sermos fiel a um amor que nos fere?
Até que ponto devemos evitar a revolta, se a vida só é injusta,
E as pessoas se aproveitam da sua compreensão para te massacrar?
Pórem até que ponto deve irromper a ira a fim de que não nos tornemos fel,
A fim de que não percamos o amor que há dentro de nós?
Até que ponto devemos sair do equilíbrio da nossa alma,
Sem perdemos o caminho de volta?
Até que ponto devemos ouvir as críticas?
Até que ponto devemos viver a realidade?
Até que ponto devemos perder a vida que temos possível em busca de insólitos sonhos?
Até que ponto?
Até que ponto devemos aceitar uma realidade que nós é imposta?
Até que ponto?!
Até que ponto devemos nos cobrar?
Se todo mundo parece que não mede os próprios atos?
Até que ponto devemos a felicidades que nós completa?
Até que ponto devemos seder os enlatados de felicidade que nos são impostas
e que não nos completa?
Até que ponto ser justa quando estamos lidando com pessoas injustas?
Até que ponto?
DEUS! até que ponto...
E nessa procura, até que ponto podemos ser nós mesmos?