terça-feira, 29 de setembro de 2009

Em que canto?

Cadê cadê
Em que canto está?
Para onde foi
O meu encanto?

Cá neste canto
Só encontro o pranto
Que afetou meu canto
E a cadência findou

Cadê cadê
Meu encanto
Levou meus sonhos
E agora eu só tenho
Um descontente coração

Cá neste canto
Não o encontro
Pra onde foi?
Porque se foi?

Meu encanto.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Certo desacerto

Das infinitas possibilidades
De continuidade e de rompimento
Dos significados entrelinhas
Das intenções despercebidas
Das imagens queridas ou não bem vindas
Foram postas as indevidas

Palavras torpes limparam o brilho
Palavras mostraram os descaminhos
Palavras retrocederam o ímpeto
Palavras mantiveram convenções
Palavras selaram os destinos

E na contramão os olhos
Desafiaram
Analisaram
Brilharam
Acusaram
Reprovaram
Expresaram
Procuraram
E não acharam

E deste modo
Tudo ficou acertado
Desacertado

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Silenciar

silêncio
calmaria
angústia relaxada.
não sei
se é olho do ciclone
ou a tempestade jaz.
angústia relaxada.
rendição?
resignação?
maturação?
não importa.
não olho pro abismo
olho em direção ao cume.

Esfinge

filha de quimera
tua presença
consome
aquele que tenta
decicifrá-la

enigma
transcendente
faz tudo ter sentido
e torna a forma
omnipresente.

coincindência,
aparência?
faz sentido
e é querido.

o reconheço
em palavras
no biscoito da sorte
nas previsões.

superinterpretação,
fuga do concreto,
enigma que transcende?
imaginação.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Não tem palavra

Me sinto ignorante
Por não ter a palavra
Que melhor descreva
O sentimento ao te ver
É tamanha a sensação
Um turbilhão de sentidos
Que me freiam
Que me inquietam
Que me anseiam
Que me apaziguam
Que me amedrontam
Que me apreendem
Que me encorajam
Que me balança
Que me tomam
Num unico segundo
Ao te ver
Mas que não posso
Nada fazer
Só te ver
Mãos trêmulas,
Suadas, além do comum
Taquicardia,
Que resultam
Em um aceno tímido
Aparentemente frio
Retendo em mim
Esse turbilhão.
A palavra que cotenha
Todos estes sentidos
Precisa ser inventada.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quem me dera

Ter a chave do tempo
E voltar nas horas
E ver pessoas de outrora
O olhar que me faz falta
Presentear meus olhos
Com a presença imponente
Falar o que deveria ter dito
E também o que não deveria
Quem me dera ter aquela presença
Novamente
Quem me dera...